06-06-2023

Comunicado de Imprensa

A CP - Comboios de Portugal, em resposta ao comunicado emitido pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), entende ser crucial restabelecer a verdade.

Em primeiro lugar, é importante destacar que o SFRCI não fala em nome de todos os trabalhadores da CP, contrariamente ao que alega. Este sindicato representa apenas uma fração dos nossos colaboradores, sendo um dos 16 sindicatos com representatividade na empresa. De todos estes, 15 já ratificaram o acordo de empresa relativo ao aumento salarial. Portanto, o SFRCI, ao optar por não o fazer, discrimina os seus associados, colocando-os numa situação de desvantagem salarial face aos demais colegas.

O SFRCI acusa a CP de "discriminação salarial" e "violação das regras de segurança da circulação". Ambas as acusações são falsas, infundadas e difamatórias. O aumento salarial intercalar proposto pela CP é uniforme para todos os trabalhadores, num montante aproximado de 50 euros. Ao contrário do que afirma este sindicato, os aumentos salariais de 2023 foram maiores nos trabalhadores com salários mais baixos. Por isso, ao recusar-se a assinar o acordo de empresa, o SFRCI é o único sindicato que está, na verdade, a promover a desigualdade salarial entre os seus associados e os restantes trabalhadores da CP. Este tipo de desinformação promovida pelo SFRCI é inaceitável e uma triste tentativa de manipulação da opinião pública. Não aceitamos ser alvo de acusações infundadas, propagadas com o único objetivo de fomentar conflito e descontentamento.

O SFRCI referiu-se ao regime de "agente único" em marchas de comboios vazios – operações que ocorrem quando um comboio é movimentado de e para parques de estacionamento e oficina, sem transportar quaisquer passageiros. Estas operações têm sido realizadas pela CP há mais de 20 anos, sem que tenha havido qualquer incidente de segurança. Assim, é importante clarificar que as operações de “agente único” mencionadas se referem a marchas de comboios vazios, comboios que circulam sem passageiros a caminho dos parques ou das oficinas. Reiteramos, são comboios sem passageiros a bordo.

Outra falsidade propagada pelo SFRCI é a suposta ameaça aos postos de trabalho dos revisores. Esta alegação é inteiramente falaciosa, considerando que a CP está, neste exato momento, a recrutar 70 novos revisores, devido à falta de pessoal. Nunca estiveram, nem estão, os postos de trabalho em risco. Este tipo de desinformação é uma tática perturbadora que procura apenas semear a intranquilidade e o descontentamento entre os trabalhadores.

Reconhecemos o direito à greve, garantido pela Constituição da República Portuguesa, e respeitamos a decisão de cada trabalhador. No entanto, não podemos aceitar a desinformação e a manipulação promovidas pelo SFRCI, prejudicando os passageiros e todos aqueles que dependem dos serviços da CP para o seu quotidiano.

É extremamente lamentável que o SFRCI opte por disseminar inverdades e alarmismo entre os seus associados e o público em geral. Em vez disso, devia concentrar-se na promoção do diálogo construtivo e na defesa dos interesses dos seus associados, de uma forma responsável e transparente.

A CP mantém-se empenhada em garantir a segurança, o conforto e a confiança de todos os passageiros. Continuamos abertos ao diálogo com todos os sindicatos, incluindo o SFRCI, sempre com o objetivo de servir melhor os nossos trabalhadores e, consequentemente, os nossos passageiros.