Sintra em modo turista

O comboio efetua paragens em todas as estações e apeadeiros! Por Catarina Tagaio.

O comboio suburbano CP Lisboa procedente de Alverca, com destino a Sintra vai dar entrada na linha número dois e efetua paragens em todas as estações e apeadeiros! 

Entrecampos. Nove horas e dezassete minutos. A porta fecha. O comboio parte.

Para trás fica Lisboa. Para trás fica a confusão, o stress, a rotina, a vida de todos os dias. Hoje é dia de fugir. Hoje é dia de procurar refúgio num recanto de Portugal: Sintra!

Refúgio de poetas e românticos, terra de histórias e mitos urbanos, lugar mágico e encantado que hipnotiza os locais, visitantes e meros curiosos: Sintra é o lugar a visitar!

O comboio avança de forma suave por entre estações e apeadeiros. Entra gente. Sai gente… eu permaneço colada à janela. Vejo o desfile colorido de paisagens, pessoas e pensamentos que me acompanham. O tempo passa. Chego. Sintra.

Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Quinta da Regaleira, Palácio de Monserrate, Palácio de Seteais, Elétrico para a praia das Maçãs, um passeio pela Serra de Sintra… hoje Sintra (cidade) é princesa no meu conto de fadas. Fico por aqui (em modo turista)!

Percorro o Jardim da Liberdade e a Mata Municipal. Árvores, pássaros, e o céu azul acompanham-me e guiam-me até ao centro da cidade que me aguarda. Na cidade perco-me em ruas e ruelas apinhadas de turistas e lojinhas de souvenirs. Um postal aqui, um postal ali… entro em lojas e lojinhas e troco palavras com pessoas de sorriso aberto e olhar curioso. Cor-de-rosa, amarelo, azul, branco, as cores das casas enchem-me o olhar e fazem-me sonhar!

O sol avança no céu. As horas avançam. Uma música paira no ar.

“Caminhando contra o vento/ Sem lenço e sem documento/ No sol de quase dezembro/ Eu vou…”

Uma, duas, três, quatro músicas… perco a contagem!

Saboreio uma queijada e um travesseiro ao som de músicas do Caetano Veloso.

Ficava nesta terra de princesas e de castelos mas… Lisboa aguarda-me.

Sintra. Dezassete horas e quarenta minutos. Um apito. Uma porta a abrir e a fechar. Um lugar a ocupar.

A paisagem da janela absorve-me. As histórias, os castelos, as princesas continuam vivas na cidade. Sintra repousa sob uma lua imensa e intensa.

A minha rota termina…

“Próxima paragem: Roma-Areeiro.”

Veja aqui as fotos que completam o roteiro.